segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Irmã Maria Dômenica Morino, uma vida pelos pobres de Deus!


Dia 22 de janeiro: 12 anos de vida eterna!


Parece que foi ontem que os cândido-motenses foram comunicados do falecimento da querida Irmã Dômenica. A tristeza tomou conta de todos e até mesmo o sol parou de brilhar deixando o céu totalmente nublado. Ida Morino nasceu na Itália e chegou ao Brasil ainda jovem. A religiosa ajudou a fundar a sede da Congregação no Brasil na pequena cidade de Cândido Mota. Os anos foram passando e as religiosas foram ganhando não só a admiração, mas o respeito da população. Domênica sempre extrovertida e irreverente, deixou muitas histórias engraçadas gravadas nas páginas do tempo, mas também um lindo hino em favor dos sofredores e marginalizados do Município. Cuidou com afinco das meninas abandonadas, sendo não só um apoio, mas uma verdadeira mãe. Dedicou-se aos idosos do Asilo São Vicente de Paulo, estando sempre presente e de braços estendidos para qualquer que fosse a função. Amparou os “cuitadinhos” que não tinham alimentação e nem moradia. Ainda se encontram espalhadas pela cidade dezenas de casas que ajudou a construir. A irmãzinha sorridente conquistou a todos. Amou ricos e pobres. Jantou em mesas de poderosos, mas também sentou na sarjeta para comer com os seus irmãos mais queridos. Irmã Domênica deixou sua imagem viva e presente na Vila São Judas Tadeu, onde havia não somente muita pobreza, mas acima de tudo muita falta de amor. Ajudou a construir a Capela do bairro, trabalhou na Pastoral da Criança e catequizou inúmeros jovens. Era pequena na estatura, mas tinha um coração extremamente generoso. A sua transferência de Cândido Mota para Diamante do Norte foi sentida por todos, mas sempre que possível, a religiosa estava presente entre os cândido-motenses. No final de 2001, após 10 anos ausente do Município, foi transferida novamente para Cândido Mota. A alegria era visível em seu rosto, porém o que ficou gravado no coração de todos foram as celebrações de final de ano, onde ela abraçava os fiéis, sorria e distribuía os seus carinhos “tapas”, era sua despedida. No início de janeiro do ano seguinte, Domênica juntamente com outras religiosas foram participar de um retiro em São Paulo. Na manhã do dia 22 de janeiro, as religiosas foram para o encontro e Irmã Domênica ficou na Casa Geral para preparar o almoço. Não se sabe como foram os seus últimos momentos de vida. Sabe-se apenas que toda aquela alegria, aquela chama de amor se apagou repentinamente vitimada por um infarto fulminante. As religiosas já a encontraram sem vida e iniciaram os procedimentos para a sua transferência para Cândido Mota. Seu corpo foi velado na Capela das Irmãs e durante todo o dia 23 centenas de fiéis compareceram para rezar diante do seu corpo e se despedir do anjo que passou irradiando alegria pela terra. A freira embora gostasse de flores, manifestou em vida o desejo de que “as flores do seu velório se transformassem em alimento para os pobres”. O seu desejo foi atendido e seu velório estava totalmente ornamentado com cestas básicas e alimentos que foram revertidos para pessoas carentes do Município. No final da tarde, seu corpo foi transferido para a Igreja Matriz Nossa Senhora das Dores onde houve Missa de corpo presente presidida pelo pároco Frei Saul Peron e concelebrada pelos demais frades locais e por um padre da cidade de Diamante do Norte que compareceu juntamente com um grande numero de pessoas daquela cidade. O corpo da religiosa seguiu em procissão pelas ruas da cidade e foi sepultado em lugar de destaque nos jardins do Cemitério Municipal. Já se passaram 12 anos de sua morte, porém o seu túmulo continua sendo um local de peregrinação, estando constantemente repleto de flores. Recentemente foi inaugurado na Vila São Judas a Creche Municipal “Irmã Domênica”, justa homenagem àquela que tanto amou as crianças daquele bairro. No seu túmulo se encontra uma pequena frase que pode resumir toda sua existência; “Irmã Domênica: uma vida pelos pobres de Deus”.


Neste dia em que recordamos os 12 anos de vida eterna da religiosa, pedimos a Irmã Domênica que mais uma vez olhe pelo povo cândido-motense e do céu nos abençoe!



Irmã Maria Domênica Morino, rogai por nós!
 

PRIMEIRAS IRMÃS NO BRASIL

A Congregação das irmãs Pobres Filhas de São Caetano, desde 1959 alimentavam um grande desejo de um dia estarem prestando sua pequena contribuição no Reino de Deus em terras de missão.
Nesta mesma época chegaram vários pedidos e um deles era para o Canadá. Então as irmas com ardor missionário começaram a se preparar para aprender a língua local. Mas como tudo esta no projeto de Deus finalmente chega um pedido urgente de cinco irmãs para o Brasil. Sem nenhum temor, as cinco irmãs numa total disponibilidade partiram da Itália no dia 17 de Fevereiro de 1963, as pioneiras foram: Ir. Elisa, Ir. Bruna, Ir. Alfonsa, Ir. Prova, Ir. Celsa. Como a solicitação foi feita pela Dioceses de Assis, pelo Bispo Dom José Lazaro Neves, quando elas chegaram foram trabalhar no antigo hospital Sorocabana. 
No dia 24 de Julio de 1964  parte o segundo grupo de Irmãs desta vez para Cândido Mota: Ir. Domênica e Ir. Luciana. A entrada oficial delas foi ao 9 de agosto do mesmo ano, a pedido do Frei Policarpo e Frei Paulino. Qual foi a missão designadas para elas? Que elas pudessem dar continuidade as obras existentes no asilo e no orfanato só para meninas. As duas entidades funcionavam juntas porém, esta realidade aos poucos foi se modificando na sua estrutura e na sua organização, juntamente com algumas pessoas da comunidade e ajuda financeira da comunidade de Cândido Mota.
Hoje passados 50 anos ainda temos o ardor missionário e desenvolvemos esta missão: Asilo São Vicente de Paulo e a Creche Casa da Criança Nossa Senhora das Dores.

















sábado, 5 de janeiro de 2013

Um Pouco de História...

Em 1848, 20 de Novembro nasce o pequeno João Maria Boccardo, em Testona, município de Moncalieri.
Família pobre com 8 irmãos mas muito religiosa, sentiu o chamado, entra no seminário e é ordenado sacerdote em 3 de junho de 1871. Trabalha no seminário como assistente e depois como reitor por vários anos.
No dia 10 de setembro de 1882 aos 34 anos de idade, recebe a proposta de assumir uma paróquia, no momento sem pastor. Cidade pequena, 3000 habitantes: Pancalieri.

Em junho de 1884 os seus paroquianos são atingidos por uma epidemia: A cólera. As providencias sanitárias são tomadas. Padre João Maria Boccardo e o grupo das Filhas de Maria redobram sua dedicação. Ninguém fica sem os sacramentos. E a epidemia desapareceu. tudo volta a normalidade. Mas o Pároco continua afligido por que tem muitas famílias enlutadas, dizimadas, atingidas pela miséria. 
Ele sente que a paróquia precisa continuar fazendo alguma coisa com campo da caridade. Ele fixou sua atenção nos pobres, enfermos e idosos que se faziam presentes em maior numero.
 Aluga uma velha tecelagem em péssimo estado, que tinha sido utilizado para criação de coelhos. Fazem-se alguns reparos mais urgentes e com o minimo necessário se inaugura a casa com os três primeiros hospedes no dia 6 de novembro de 1884.
As pessoas assistidas aumentaram, e o grupo das moças da Pia União, Filhas de Maria, grupo voluntario, voltavam na suas casas pela tarde.

O Padre sentiu que a boa Vontade dessas moças não era suficiente. Pensou então que era necessário pessoas que antes de todo se consagrassem a Deus para depois consagrar-se ao serviço do próximo.
Padre João rezou, rezou, pediu conselhos a seus colegas sacerdotes, como Dom Bosco. De todos ele recebeu apoio, e encorajado para levar a frente seu plano, inicio o projeto de Deus e veio a luz a congregação. 

Foram as Três primeiras jovens entre elas Carlota Fontana, que se tornou Irmã Maria Caetana, primeira superiora geral da Congregação.

A congregação foi crescendo, de todas localidades pediam o serviço das Irmãs, vivenciando o Amor de Deus, ao próximo, e entre si, no clima de pobreza e simplicidade evangélicas.




Depois de três meses de doença Padre João faleceu no dia 30 de Dezembro de 1913. Já foi declarado pela igreja Beato. No seu testamento deixou a congregação aos cuidados de seu irmão, também Sacerdote, o Padre Luis Boccardo.

   Em 1926, foi lançada a pedra fundamental para construção da casa General, da Congregação. Padre Luis teve a inspiração de fundar um ramo dentro da congregação das Pobres Filhas de São Caetano, para  às jovens não videntes que queriam consagrar-se ao Senhor, e as chamou de "Filhas de Jesus Re".

Por que São Caetano...

                                                 

                                             
Caetano de Thiene viveu no século XV, quando vivia-se uma decadência moral escandalosa a partir do clero. Caetano sacerdote de Deus reagiu:
Doou seus bens familiares para os pobres, fundou hospitais para incuráveis, ocupou-se dos órfãos fundou os Clérigos Regulares ou Theatinos, seu ideal de viver pobre para servir os pobres, sua espiritualidade: confiança na Divina Providência.

Pe. João Maria Boccardo não duvido que este fosse o santo mais indicado para proteger sua obra nascente. E chamou-a como o seu nome, antepondo "Pobres" para lembrar às irmãs um programa de vida.
                                                             
                                                               
                                                           
                                                              

                                                                  CARISMA

                                                   "Amar e Servir Jesus nos pobre,
                                                     anunciando o Reino de Deus, 
                                         vivendo abandonadas a Divina Providência."