Dia 22 de janeiro: 12 anos de vida eterna!
Parece que foi ontem que os cândido-motenses foram comunicados do falecimento da querida Irmã Dômenica. A tristeza tomou conta de todos e até mesmo o sol parou de brilhar deixando o céu totalmente nublado. Ida Morino nasceu na Itália e chegou ao Brasil ainda jovem. A religiosa ajudou a fundar a sede da Congregação no Brasil na pequena cidade de Cândido Mota. Os anos foram passando e as religiosas foram ganhando não só a admiração, mas o respeito da população. Domênica sempre extrovertida e irreverente, deixou muitas histórias engraçadas gravadas nas páginas do tempo, mas também um lindo hino em favor dos sofredores e marginalizados do Município. Cuidou com afinco das meninas abandonadas, sendo não só um apoio, mas uma verdadeira mãe. Dedicou-se aos idosos do Asilo São Vicente de Paulo, estando sempre presente e de braços estendidos para qualquer que fosse a função. Amparou os “cuitadinhos” que não tinham alimentação e nem moradia. Ainda se encontram espalhadas pela cidade dezenas de casas que ajudou a construir. A irmãzinha sorridente conquistou a todos. Amou ricos e pobres. Jantou em mesas de poderosos, mas também sentou na sarjeta para comer com os seus irmãos mais queridos. Irmã Domênica deixou sua imagem viva e presente na Vila São Judas Tadeu, onde havia não somente muita pobreza, mas acima de tudo muita falta de amor. Ajudou a construir a Capela do bairro, trabalhou na Pastoral da Criança e catequizou inúmeros jovens. Era pequena na estatura, mas tinha um coração extremamente generoso. A sua transferência de Cândido Mota para Diamante do Norte foi sentida por todos, mas sempre que possível, a religiosa estava presente entre os cândido-motenses. No final de 2001, após 10 anos ausente do Município, foi transferida novamente para Cândido Mota. A alegria era visível em seu rosto, porém o que ficou gravado no coração de todos foram as celebrações de final de ano, onde ela abraçava os fiéis, sorria e distribuía os seus carinhos “tapas”, era sua despedida. No início de janeiro do ano seguinte, Domênica juntamente com outras religiosas foram participar de um retiro em São Paulo. Na manhã do dia 22 de janeiro, as religiosas foram para o encontro e Irmã Domênica ficou na Casa Geral para preparar o almoço. Não se sabe como foram os seus últimos momentos de vida. Sabe-se apenas que toda aquela alegria, aquela chama de amor se apagou repentinamente vitimada por um infarto fulminante. As religiosas já a encontraram sem vida e iniciaram os procedimentos para a sua transferência para Cândido Mota. Seu corpo foi velado na Capela das Irmãs e durante todo o dia 23 centenas de fiéis compareceram para rezar diante do seu corpo e se despedir do anjo que passou irradiando alegria pela terra. A freira embora gostasse de flores, manifestou em vida o desejo de que “as flores do seu velório se transformassem em alimento para os pobres”. O seu desejo foi atendido e seu velório estava totalmente ornamentado com cestas básicas e alimentos que foram revertidos para pessoas carentes do Município. No final da tarde, seu corpo foi transferido para a Igreja Matriz Nossa Senhora das Dores onde houve Missa de corpo presente presidida pelo pároco Frei Saul Peron e concelebrada pelos demais frades locais e por um padre da cidade de Diamante do Norte que compareceu juntamente com um grande numero de pessoas daquela cidade. O corpo da religiosa seguiu em procissão pelas ruas da cidade e foi sepultado em lugar de destaque nos jardins do Cemitério Municipal. Já se passaram 12 anos de sua morte, porém o seu túmulo continua sendo um local de peregrinação, estando constantemente repleto de flores. Recentemente foi inaugurado na Vila São Judas a Creche Municipal “Irmã Domênica”, justa homenagem àquela que tanto amou as crianças daquele bairro. No seu túmulo se encontra uma pequena frase que pode resumir toda sua existência; “Irmã Domênica: uma vida pelos pobres de Deus”.
Neste dia em que recordamos os 12 anos de vida eterna da religiosa, pedimos a Irmã Domênica que mais uma vez olhe pelo povo cândido-motense e do céu nos abençoe!
Irmã Maria Domênica Morino, rogai por nós!
Que linda história dessa florzinha!
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